sexta-feira, 2 de abril de 2010

POESIA NA SEMANA SANTA

Ó sacrossantas mãos umedecidas
Do sangue de quem pende do madeiro: Mãos
que acenaram para o adeus à vida
Na humilhação do instante derradeiro
Não permitais que eu fique arrependido
Pelo estendal do mundo mais derruído,
Sem vosso santo olhar que ama e perdoa!
                                 (Altevir Alencar)

Ó Jesus! Espírito Santo
Tu que, em e três anos de existência
Entre os humanos padeceste tanto,
Roga a Deus - a Suprema Dividade,
Para nos dar ao menos paciência,
Já que fez desigual a humanidade!...
                              (Repentista Domingos Martins Fonseca)

Eu vim ao mundo como a flor campestre,
Ninguém me apreciou, ninguém me quis.
E como a solitária planta agreste,
Eu me sentia só: era feliz.
Jesus, com firme olhar, olhou-me então
E, me chamando, deu-me, -Oh! Sou Feliz!
Consolo à alma e paz ao coração!
                             (Monsenhor Sampaio)

Ele veio. Pregou igualdade e a fraternidade
Os ignorantes o crucificaram.
Mas não crucificaram o ideal
Cristo! Senhor! Volta!
As massas esperam pelo o teu regresso.
Vem e repete a tua doutrina aos transviados do Grande Caminho.
Sicários de poderosos querem apagar a tua lei.
                              (José Newton de Freitas)

E nessa busca incontida e doce,
O amor mais puro fosse revelado
Melhor seria que eterno fosse
Não vivesssem os homens tão dispersos
No exemplo de Cristo demonstrado,
Como contê-lo em quatorze versos
                                 (Jurandir Martins Vieira)

Sem amor, não há paz nem alegria!
Sem amor, tudo, enfim, é solitário!
Sem amor, os tormentos de um só dia
São iguais aos tormentos do Calvário!
                                   (Luis Lopes Sobrinho)

O mundo é totalmente iluminado
Pelos beijos do sol!
E se a Jesus,
No Calvário, inundou de tanta luz,
Também o fez judas desgraçado!
                  (Vicente de Paula Fontenele)

Crucificado como um criminoso
Da mais ínfima espécie, um vil escravo
Sofre Jesus, na intrepidez de um bravo
As agruras do transe doloroso.
É que no mundo aviltou tanto o pecado,
Que o próprio Cristo foi crucificado,
Porque na terra andou fazendo o bem.
                           (José Vidal de Freitas)

Todos os poetas citados são piauienses
Fonte: Poesias retiradas da crônica do jornalista e professor Carlos Said

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