sábado, 16 de outubro de 2010

ESQUERDAS E BANDIDOS ABRAÇADOS


Por José Maria Vasconcelos  

“Angariai amigos com o dinheiro da iniquidade, a fim de que eles vos recebam nos tabernáculos eternos”. Valei-me, Santo Deus, Jesus prega convivência com bandidos?

Durante a Ditadura Militar, escritores, professores, estudantes universitários, sacerdotes, músicos da MPB e líderes políticos de “esquerda” defendiam a revolução do regime socialista. Pipocavam greves, passeatas e quebra-quebra, sob a batuta da antiga União Soviética e seus tentáculos em Cuba, especialmente. Quem ousasse criticar o Governo Militar sofria pesado monitoramento e prisão. Nos calabouços, apelidados de porões da ditadura, os “tiras” (corruptela de tiranos) arrancavam confissões sob tortura. Era chique e heróico integrar-se à esquerda, “subversivos” no dicionário militar. A Literatura enriqueceu-se de talentosos artistas, cujo ódio aos “milicos” se expressava através de raras metáforas e associações de imagens. Basta ouvir Chico Buarque, Gilberto Gil e sua claque.

Essa gente combatia o capitalismo, vislumbrando os “paraísos” comunistas, mas cegos às chibatas do totalitarismo. No objetivo de conquistar o poder, buscavam recursos assaltando bancos, sequestrando diplomatas, associando-se a bicheiros e bandidos nos porões da ditadura. Ali, ministravam-lhes lições de como montar “aparelhos” de ataque às autoridades. Nutria-se indiferença a líderes populares, tipo Robertos Carlos, que não protestassem. Apelidavam-nos de alienados de Direita retrógada.

O Governo Militar cassou por dez anos os direitos políticos da subversão. Centenas, expulsos do Brasil, refugiaram-se em países socialistas, sobrevivendo de modestas tarefas. Repatriados, após a Anistia, alguns ingressaram na carreira política, com a proteção financeira de velhos companheiros de cela, traficantes e bicheiros. Rio e São Paulo ainda respiravam certa paz.

Eleitos governadores do Rio e Pernambuco, Brizola e Arraes, os dois estados transformaram-se em paraísos da bandidagem. Era o troco do investimento. Depois de Erondina, a vez de São Paulo. Fenômeno que se repetiu no R.Grande do Sul, Bahia e Pará. Incrível coincidência, onde as esquerdas se implantavam, violência e drogas avançavam, sob vistas grossas das autoridades e leis de proteção a bandido. Então, volto ao princípio de Cristo: angariar amigos com a iniquidade? O Mestre referia-se à esperteza dos malandros em busca do diabólico. A mesma esperteza deve exercitar os homens do bem. Quem se arrisca à prática da esperteza cristã? Na hora de votar, dê uma chance à vitória do bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário