domingo, 11 de setembro de 2011

O Brasil dos Antonios


O Brasil já produziu vários Antonios, os lunáticos e os fantásticos ou ainda os incríveis e os impossíveis. Os que eram públicos que tornaram suas marcas indeléveis e os anônimos que fizeram suas histórias de forma taciturna.

Tinha o Antonio Conselheiro (Lunático), Antonio Carlos Jobim (Emblemático), Antonio da Costa e Silva (Nostálgico), Antonio Carlos Magalhães (Problemático), Padre Antonio Vieira (Catedrático) e tem até o Antonio Fagundes (Dramático)

E agora surge na história recente do Brasil, particularmente do Piauí, o nobre professor Antonio Cardoso Amaral (Matemático). Que veio lá de sua Cocal dos Alves para mostrar com quantos paus se faz uma canoa, ou melhor, para tirar a prova dos nove.

Filho de analfabetos, ganha com dignidade o prêmio ALFA. Sorte? Milagre? Participação no Big Brother? Na fazenda? Show de calouros? Nada disso. Apenas talento e disposição para ensinar alunos de escolas públicas.
- Eu ensino a matemática como de fato ela é. Diz ele com uma segurança e objetividade que a própria disciplina exige. Não existe regra ou formula mágica, apenas o desejo de transformar a vida de adolescentes para melhor.

Esse professor campeão, queniano dos números deixou muitos famosos para traz. Pessoas que vivem diariamente sob os holofotes da mídia foram ofuscados pelo o fenômeno das equações que sobrevive de um salário nada vistoso.

- Eu tenho muitos alunos. Não posso abandoná-los agora. Nem precisa meu caro professor, pois em um país onde milhões de seus pares vivem em um verdadeiro inferno, você agora pode gozar do seu pedacinho de céu.

Você, Antonio, nos faz enxergar uma luz no final do túnel. Faz entender que nem sempre é apenas o jogador que marca o gol. Você foi votado por leitores que ainda acreditam fielmente que a educação pode golear a ignorância desse país.

Os alunos guerreiros que subiram ao pódio principal das Olimpíadas de Matemática foram realmente bem conduzidos pelo o mestre. Isto prova pra você professor, que é preguiçoso e relapso, que gente não se adestra ou se mecaniza, mas ajuda a pensar.

Mais um brasileiro de nome Antonio tornou seu esforço em algo bastante positivo para as futuras gerações que ele ajudou a vencer. Humilde, inteligente e feliz ele agora deve colocar sua cabeça no travesseiro e usufruir da justíssima escolha como o “Homem do Ano”.

Parabéns professor Antonio Cardoso do Amaral.

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