Enquanto metade do país aguardava o último capitulo de Avenida Brasil, novela que mexeu com o lado Carminha e Tufão de ser do brasileiro, a amiga L, através do facebook, quase vazio, me contava sua triste trama amorosa.
Com letras meio trêmulas, a apaixonada moça, dizia que seu amado, há três meses, por motivo de trabalho, partira para o norte do Brasil. E que, antes do The End do folhetim global, se encontrava sozinha soando o nariz na fronha da saudade.
Por isso, era muito doido assistir ao final amoroso de Nina e Jorginho e não se lembrar, também, do seu elétrico amor. O desabafo virtual da amiga L, demonstrava a melancolia de quem ama à distância.
“Não vejo a hora de está perto dele”, escreveu ela saudosista, “a boca dele é tão afrodisíaca quanto a do Cauã”, colocou repetidas vezes no face. O devaneio continuou como um tipo de missiva amorosa, cada palavra, uma lembrança do homem, que segunda ela, batia um bolão.
É minha amiga L, é duro mesmo manter um amor assim, somente com telefonemas minguados, que não dá tempo nem dizer um “eu te amo” alongado. É barra acender a chama da paixão, apenas com caracteres limitados das redes sociais.
Afinal, “uma “rede” serve de matriz tanto para conectar quanto para desconectar”, escreveria o velho Zygmunt Bauman em seu livro Amor Liquido. Portanto, cuidado amiga L, não deixe esse amor escorrer por leitos diluvianos.
A paixão, acima de tudo, necessita de uma sacudida aqui outra sacudida ali, a paixão é contato físico baby, igual ao treino do Divino Futebol Clube. Não demore amiga L correr atrás do seu fujão, não fique ai a marcar toca, arrume as trouxas e parta logo para o subúrbio da felicidade.
Como ele está no norte do Brasil, local de terras que abundam em água, embarque logo na nau do amor. Não espere que seu guapo vire sapo e queira desaguar em outras lagoas.
Não corra o risco de virar uma das “divinetes” do Cadinho, seja exclusiva, e não um Tufão de saias. Vigiai sempre o amor que está longe, perto dele, você será flor de caule, aquela que tudo ver ao seu redor.
Se a moça apaixonada acredita fielmente em um louco amor, mesmo distante, deixe o facebook de lado e dê no pé, rumo aos ventos do norte. Vá amiga, não perca a próxima embarcação, caso venha a perder, nade e nade, faça como a índia Paraguaçu que lançou extensas braçadas aos mares, atrás do seu Caramuru
Por amor, tudo vale a pena, moça chorosa de saudades!
Mais uma coisa, amiga L, já que está debilitada demais para acompanhar o final feliz da novela, por está longe de seu ator principal, veja a reprise, é no vale a pena ver de novo que se reencontra aquele amor que se foi.
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