sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Minhas primeiras e últimas canções

                                                        imagem - google

Desde criança, ou seja, desde sempre, sou um rapaz latino americano louco por música, tá ai a minha querida madrecita que não me deixa mentir. Segunda ela, aos cinco anos de idade, eu já animava os bailes da família cantando o clássico da época, “Bilù Tetéia”.

Então, embalado pelas as declarações proféticas, de um certo maluco beleza cearense, de que o mundo irá se findar em plena sexta-feira, dia de muita música e muita festa, resolvi revelar aos amigos que lêem essas mal traçadas linhas, a lista das primeiras e últimas canções de cada momento especial da minha cantante existência.

Começarei pela arrebatadora primeira paixão platônica por uma linda jovem barrense, aquela do tipo José Matias por Elisa de Eça de Queiroz, o nosso namoro era mais ou menos assim, ela de um lado e eu a mil quilômetros do outro, nunca senti o gosto do seu batom, por isso, a trilha sonora desse inglorioso amor era “Todo Sujo de Batom” do Belchior.

Quando sai de Barras para morar em Teresina na empoeirada F. Cardoso, a primeira canção que ouvi na terra de Torquato Neto foi “Por Favor” do Cassiano Costa, passei a noite inteira no fundo da rede da casa da minha tia ruminando de saudades dos meus ao som do paraense.

Já adolescente e fascinado pelas as noites do maior bairro de Teresina, nessa época o melhor programa era comer algodão doce nos parques de diversões, a música que mais tocou meu coração, em uma girada e outra da roda gigante, foi “Meu Mel” do cearense Marquinhos Moura.

Quando a empresa do meu primeiro emprego fechou, e todo mundo foi para o olho da rua, não tive outra alternativa ao não ser ouvir melancolicamente “Stay on these roads" do grupo norueguês A-há, essa canção, inclusive, foi minha última lágrima derramada naquele maravilhoso ambiente de trabalho.    

E quando pintou a primeira relação amorosa, já beirando os dezenove anos, a trilha sonora que acompanhou toda aquela intimidade foi “Everyday is like sunday” do Morrissey, ex-vocalista dos The Smiths. Fiquei tão atrapalhado com a garota que mal pude aproveitar os eflúvios do seu corpo.

Até hoje, todos os meus momentos, seja bons ou ruins, começando ou terminando alguma coisa, sempre uma canção esteve presente para marcar cada instante. Agora, por exemplo, que o fim do mundo foi anunciado pelo o Nostradamus do Parque Universitário, ouso no alto da minha despedida “Love is in the end” do grupo inglês Keane, aliás, essa canção pode ser meu último suspiro ou não.

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