A primeira vez que ouvi
falar sobre o romance A Dama das Camélias, acabara de ingressar no curso de
letras da UESPI, para ser mais exato, em 2009. E antes mesmo de esquentar o
banco da universidade, uma senhora de óculos fundo de garrafa, e que também
atendia pela a alcunha de professora, me indagara secamente:
- Seu Francisco, o
senhor já leu A Dama das Camélias?
Caramba! No primeiro
dia de aula e a professora já me chamara de Francisco, definitivamente, a coisa
por ali não seria fácil. No entanto, respondi mais seco ainda:
- Não senhora professora.
Ai foi que o caldo engrossou, ela olhou em minha direção e sapecou:
- Pois, trate-o de ler,
não admito aluno meu não ler A Dama das Camélias.
Como já sabia de sua fama
de durona, no dia seguinte, tomei emprestado o livro na biblioteca e comecei a
devorar A Dama das Camélias.
Lembrei-me deste fato no
sábado, quando passeava pelos os corredores da minha loja preferida, aliás, as
atendentes de lá estão cada vez mais lindas e simpáticas ou “simplásticas” como
diria Rubem Braga, e encontrei o DVD, A Dama das Camélias.
A versão é a do
cineasta italiano Mauro Bolognini que conta a história real de Alphonsine
Plessis, a bela cortesã que inspirou Alexandre Dumas Filho a escrever o livro
que entrou para a historia da literatura universal.
Nem pensei duas vezes e
comprei logo o DVD, como já tinha lido a obra, agora iria me dá ao desfrute de
assistir ao filme. Então, ontem (domingo), antes do cantar do galo, esparramado
no sofá, vi emocionado o lindo filme de amor estrelado pela a bela Isabelle
Huppert.
Ao final dos 110
minutos de amor e tragédia, me convenci mais ainda de que a professora de cara
gorda é que estava certa, se eu não tivesse lido e, consequentemente, assistido
a versão cinematográfica de A Dama das Camélias eu já teria desistido das
letras.
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